VICISSITUDES QUE NOS APRISIONAM
Ao buscar compreender as vicissitudes humanas encontramos diversas nomenclaturas e explicações, as mais aparentes estão relacionadas às instabilidades e desequilíbrios, bem como, a fragilidade do comportamento humano.
Platão já remetia ao pensamento de que grandes naturezas produzem grandes vícios, na mesma proporção que geram grandes virtudes. Sendo por sua vez um termo derivado do latim, cujo seu significado submete-se as mudanças de hábitos.
Quantas modificações em nosso comportamento nos damos conta de ter passado, em todas as fases que completamos desde que reencarnamos? Certamente foram muitas, diversificadas, onde cada uma expressava um desejo atual de vivências e experiências. Porém muitas são as “vivências” que nos viciam, por múltiplos fatores, vindo a ser por prazer, orgulho, status social... gerando desequilíbrios, perturbações, atrasos no processo de evolução, ao qual necessitamos ultrapassar.
Cada vez mais viciados em situações corriqueiras como a fofoca, consumos exagerados, ofensas agressivas, mentiras, intrigas, pejoração para com o próximo, desdém de valores, classes sociais e raciais, manipulações, vitimizações e mágoas ou até mesmo os próprios vícios por drogas, bebidas, material sexual (sexolatria), novelas, jogos, aparelhos eletrônicos. Os quais nos perturbam, nos prendem, fazendo com que sejamos prisioneiros de atitudes e objetos, com o objetivo de alimentar prazeres, orgulho e ego.
Um corpo acostumado a receber determinadas doses de substâncias químicas diárias, passa a ‘trabalhar” para armazenar e adquirir cada vez o efeito causado durante os primeiros momentos de contato. Após fica embriago de substâncias tóxicas que inebriam o funcionamento adequado e involuntário do conjunto que dá forma ao corpo etéreo, fazendo-o prisioneiro de determinadas substâncias.
Da mesma forma ocorre com as vicissitudes que desequilibram as habilidades do comportamento humano. Somos reféns de hábitos comportamentais, buscando justificar más condutas com derivados motivos e transtornos, justificativas essas, que se tornam “bengalas”, das quais nos apoiamos de acordo com nosso interesse pessoal do momento ou projetado em algo.
Somos seres pensantes, com a habilidade de agir, amar e pensar. Porém queremos, exigimos que todos possuam habilidades e comportamentos padronizados, e acabamos esquecendo da superioridade do amor divino, o qual nos dá a oportunidade de experenciar e viver o seu amor em diversos condicionamentos, a fim de nos aprimorarmos como Cristo o fez.
O que Platão referencia, trata de aceitar a virtude natural que cada um de nós possuímos, buscar conhecer como realmente funcionamos, para que, dessa forma, consigamos vencer nossos vícios, que nos destroem, nos aprisionam e nos afastam do amor que Cristo tanto nos ensinou.
Que possamos nos esforçar, lutar uma luta de bom combate, íntimo. Buscando o equilíbrio dos vícios e o aprimoramento de nossas virtudes, para que possamos desfrutar dos planos de felicidade plena.
Paz, esforço e perseverança na luta do bom combate que nos liberta.
Equipe CEIL Recanto do Saber.