"CHEGUEI AO FUNDO DO POÇO!"
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Desde crianças nos deparamos com situações desafiadoras em nossas vidas, as quais vemos e temos uma grande dificuldade para superar, logo, começamos aqui a formar uma opinião sobre o tal "fundo do poço". Observe em sua trajetória terrena, se já não esteve várias vezes lá.
Se eu já estive em vários momentos no "fundo do poço" e saí desta situação, significa que tenho capacidade de passar várias vezes por situações similares, ou seja, temos a capacidade de sair e voltar ao "fundo do poço" o tempo todo.
Aqui começo a discordância com este termo “fundo do poço”, ouvido desde criança, sendo aquele momento em que nada pode piorar, que não há mais onde se agarrar, que geralmente se está sozinho, escuro, difícil, uma infinidade de adjetivos e eu diria também, muletas, para justificar a situação.
Vamos refletir um pouco no tempo, lá, quando criança provavelmente houve uma situação que foi bem difícil para você, por exemplo, uma determinada matéria ou prova, que parecia ser intransponível, ou que lhe exigiu muito esforço, te fez sentir medo, ou seja, você teve uma sensação de fragilidade, e depois isso passou. Caminhando uns anos, lá na adolescência, provavelmente você teve uma paixão avassaladora, que muitas vezes a outra pessoa nem sabia desse sentimento, porém vivenciar aquele amor não correspondido, ou até mesmo o término de um namoro, na época o fez entender o que era estar no "fundo do poço".
Já adulto, depois de um tempo em uma empresa, com uma situação estável, repentinamente você é demitido e sua situação financeira se agrava, novamente, está frente a frente com aquela barreira, aquela situação, que, pior não há de ficar.
Agora analise do presente para o passado, o namoro de adolescente se tornou pequeno frente a situação atual, e nem falamos da prova quando criança, que nessa altura da vida você inclusive vê como era bom aquele desafio que surgiu em sua vida.
Precisamos entender que o "fundo do poço" não existe, é um estado que escolhemos permanecer, ou uma simples forma de ver uma dificuldade, porém ao analisar nossa própria vida, veremos que lá já estivemos várias vezes, e não quer dizer que escalamos e saímos do "fundo do poço", apenas aprendemos com isso e seguimos nossa caminhada de provas e expiações nesta existência, ou seja, já tivemos várias dificuldades e ainda teremos outras tantas pela frente e precisamos destes momentos para estarmos preparados para os próximos.
Assim, precisamos compreender que “sair” do "fundo do poço" não é uma coisa simples, isso depende de cada individuo e suas particularidades, cada um tem o reconhecimento do tamanho de seu problema, entre perder o emprego e descobrir uma doença grave. Nos parece simples observar qual é mais difícil, mas lá dentro de cada um, é que se sente o grau de dificuldade. Aquela frase que muitos utilizam como motivacional, dizendo: "olhe fulano, aconteceu isso e aquilo e você aí reclamando só por ter perdido o emprego". Essa frase é nós olhando a vida alheia com nossos "óculos" e resolvendo com facilidade os problemas dos outros, esquecendo que as batalhas internas, só quem carrega que sabe o tamanho do fardo.
Por muitas vezes, temos problemas que nos acompanham e as pessoas em volta nem sabem ou observam. As batalhas internas são sempre, na sua maioria, duradouras e severas. Mas o começo de uma solução é se perdoar, você mesmo, reserve dez minutos do seu dia para você, reflita sobre o que está acontecendo contigo e em sua volta, tenha compreensão que está aprendendo diariamente, e que falhar ou não se sentir bem é normal, e ore, ore bastante com dois intuitos, agradecer, pois na reflexão você verá quantos motivos tem para agradecer, e pedir, pedir sim, amparo para vencer as suas batalhas, aquelas em que achamos que lutamos sozinhos, mas há muitas pessoas em nossa volta nos ajudando.
Com votos de paz interior e reflexão.
Equipe CEIL Recanto do Saber.