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Valor Moral e Patrimônio Moral

“Um agricultor de milho só plantava grãos premiados. Todo ano ele entrava com seu milho na feira e ganhava uma fita azul de produtor do melhor milho da região.

Em um determinado ano, um repórter de jornal local o entrevistou e aprendeu algo interessante sobre como ele cultivou o milho.

O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do milho dele com seus vizinhos.

- Como você pode dar ao luxo de compartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos quando eles também entram na competição de milhos e competem com o seu todos os anos? Perguntou o repórter, e o fazendeiro explicou calmamente:

- Provavelmente você não sabe, mas o vento apanha pólen do milho maduro e o espalha de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu for cultivar milho bom, eu também tenho que ajudar os meus vizinhos a cultivar melhor, pois meu milho não vai ser bom, se o milho dos meus vizinhos não for bom também.”

Através da pequena história acima queremos ilustrar que, desde o nosso nascimento, nos é ensinado o que é certo e errado e, a partir disso, reproduzimos os valores impostos pela sociedade.

Antes de mais nada, valor moral pode ser definido como respeito à vida, não apenas a vida individual, mas sim a vida coletiva, já que vivemos coletivamente, dependendo uns dos outros.

É fácil imaginar em que situação o mundo se encontraria atualmente caso o homem ignorasse as leis formuladas a partir dos conceitos de ética e moralidade. É certo que o homem possui o direito de ter sua liberdade de expressão e escolha, porém tudo é passivo de limites.

Caso contrário, diante de quaisquer adversidades que surgissem em nosso caminho, retornaríamos ao nosso estado primitivo e resolveríamos todos os problemas de maneira antiquada, desprovida de ética e moral, como fazem os criminosos, notadamente não seguidores dos valores morais.

E você, já imaginou o que faria se alguém tentasse invadir ou roubar os bens materiais que lhe pertencem?

As pessoas, de um modo geral, lutam para defender seu patrimônio, mesmo que para isso seja necessário se expor de forma perigosa.

No entanto, muitos são os que permitem que outro patrimônio, bem mais valioso e efetivo, seja saqueado com facilidade.

Trata-se do patrimônio moral.

Enquanto os bens materiais não nos pertencem de fato, pois a qualquer momento podemos deixá-los aos herdeiros, por ocasião da morte, ou perder por um outro motivo qualquer, o patrimônio moral é o único tesouro que realmente nos pertence.

Mas, por vezes deixamos nosso patrimônio moral ser dilapidado de maneira tão sutil, que quase não nos damos conta.

Quando pedimos uma nota fiscal de valor maior que o gasto real, para usarmos em alguma prestação de contas, além de desonestidade, é dilapidação moral, pois a diferença entre a despesa e o valor da nota será o preço pelo qual vendemos um pedaço do nosso patrimônio moral... e geralmente é muito barato.

Outro exemplo é quando tentamos substituir uma multa qualquer por uma propina. Nesse caso, não somente estamos empobrecendo nosso patrimônio moral, como também sugerindo o mesmo ao profissional que nos autua.

Quando arranjamos um atestado médico falso, para justificar uma falta ao trabalho, também estamos dilapidando nosso tesouro moral.

Quando fazemos uma compra e o caixa se engana, dando-nos o troco a maior, e não devolvemos essa quantia, ficamos um pouco mais pobres moralmente.

Quando o comerciante adultera a balança ou a mercadoria para vender menos e cobrar mais, está desvalorizado seu patrimônio real.

Quando o eleitor empenha seu voto em troca de um benefício qualquer, está comercializando seu bem mais precioso.

Isso sem falar daqueles que se utilizam de bens ou valores de terceiros, ficando ainda mais empobrecidos moralmente, pois desconsideram a confiança que lhes foi depositada.

Enfim, são tantas as maneiras de vender ou desperdiçar nosso patrimônio moral, que é preciso ficar atentos para não nos tornarmos mendigos morais em pouco tempo.

Como podemos perceber, o cuidado com os bens materiais é válido, mas não podemos deixar de preservar o patrimônio moral, o único que poderemos levar conosco pela eternidade afora.

Era a esse tesouro que Jesus se referia, dizendo que nem a traça nem a ferrugem consomem e ladrão nenhum pode roubar.

Com votos de consciência e clareza moral.

Equipe CEIL Recanto do Saber.

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